Profunda

Eu deixei escorrer litros de saliva pelo teu pau e mesmo ocupada assisti atentamente as gotas deslizando pelas tuas bolas, pelas tuas coxas, ouvindo teu suspiro desnorteado. Poderia dizer que durou vinte minutos ou uma hora, eu não saberia, eu estava tão presente que me descolei do espaço-tempo, veja só, minha mandíbula nem doía. Eu gosto de ver tua mão no meio de tudo e tentar engolir ela também. Eu vejo tuas veias tracejando os caminhos da minha língua, teu pau é tão vermelho, tua cabeça roxa, como as cores são lindas de perto. Não posso esquecer de respirar, não posso me distrair com as minhas próprias gotinhas de saliva cintilantes, com a contagem pacífica dos pelos da tua coxa. Queria poder olhar teu rosto, mas é anatomicamente impossível, é melhor assim, ele percorre a linha da minha garganta e tu segura as minhas coxas também. Eu não costumo gostar que segurem meu cabelo enquanto eu faço isso, mas tu sabe segurar de um jeito tão tentador, eu nem me importei. Eu fico tão feliz em te ver feliz. Não precisa nem avisar. Deixei tua porra se espalhar na minha língua antes de engolir. Olhei teus olhinhos fechados tão bobos. Pode morar na minha boca, eu deixo. Pode me alimentar de porra. Eu deixo.

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